Homem e Mulher: Papéis Originais, Complementaridade e Harmonia na Sociedade Moderna
Por: Sha’ul Lamunier Ben Yahwdah, Teólogo YaHWd Netzari
Graduado pelo CATES – Centro Avançado de Teologia Ensinando de Sião
Filiado ao MJBI – Messianic Jewish Bible Institute e ao NetivYaH Bible Instruction Ministry – YaHWshalayim
1. O problema não é a mulher — é a ideologia
Antes de tudo, é necessário deixar algo muito claro:
o problema não é a mulher ocupar espaços, nem exercer profissões, liderar, estudar ou produzir. Isso jamais foi, em essência, um problema bíblico, histórico ou social.
O problema começa quando ideologias separatistas e revolucionárias tentam reescrever a própria natureza humana, criando uma guerra artificial entre homens e mulheres, como se fossem inimigos históricos, e não parceiros na construção da civilização.
O feminismo ideológico moderno não busca igualdade funcional ou dignidade — busca poder, ruptura e inversão de valores, criando um conflito permanente onde deveria haver cooperação.
2. A criação estabelece diferença, não desigualdade
Desde o princípio, conforme o relato da Criação (Bereshit / Gênesis):
“Criou Elohim o ser humano à Sua imagem;
macho e fêmea os criou.”
Aqui não há hierarquia de valor, mas distinção de função.
O homem e a mulher não são iguais biologicamente
Não são iguais psicologicamente
Não são iguais fisicamente
Mas são igualmente dignos, igualmente necessários e igualmente humanos
A sociedade moderna erra ao confundir diferença com opressão.
Diferença não é injustiça.
Complementaridade não é submissão.
Função distinta não é inferioridade.
3. A civilização foi construída por papéis complementares
Historicamente, as sociedades foram estruturadas por um arranjo funcional, não por ideologia:
O homem assumiu:
Trabalho pesado
Construção de infraestrutura
Defesa territorial
Guerras
Mineração, agricultura extensiva, grandes obras
A mulher assumiu:
Geração e cuidado da vida
Educação inicial da prole
Organização do núcleo familiar
Sustentação emocional e social da comunidade
Isso não era opressão, era sobrevivência da espécie.
Enquanto homens morriam em guerras, minas e trabalhos brutais,
as mulheres eram preservadas, porque sem elas não há futuro.
Isso nunca foi “machismo”, foi biologia, pragmatismo e responsabilidade coletiva.
4. A sociedade moderna só existe porque esse sistema funcionou
A grande incoerência do discurso moderno é esta:
A mulher só pode hoje escolher qualquer profissão porque:
Existe uma sociedade estruturada
Com leis, prédios, estradas, hospitais
Defendida por forças armadas
Construída majoritariamente por trabalho masculino ao longo dos séculos
Isso não diminui a mulher, mas expõe uma verdade histórica:
os papéis tradicionais criaram o mundo moderno que hoje permite escolhas individuais.
Negar isso é negar a própria história.
5. Diferença biológica não é preconceito — é realidade
Há funções que mulheres podem exercer com excelência, e há funções que biologicamente não conseguem desempenhar com a mesma eficiência, assim como o inverso também é verdadeiro em alguns aspectos.
Força física média
Resistência a impactos
Capacidade em combate direto
Trabalhos extremos e insalubres
Negar isso não é progresso — é fantasia ideológica.
A tentativa de impor uma igualdade absoluta onde a natureza não a criou resulta em:
Frustração
Conflitos sociais
Desorganização familiar
Desvalorização da maternidade
Demonização da masculinidade
6. Masculinidade não é crime
Um ponto crucial:
um crime não ocorre porque alguém é homem ou “machista”.
Crimes acontecem porque:
Pessoas são criminosas
Há desvios morais
Há ideologias perversas
Há ausência de caráter e responsabilidade
Associar masculinidade a violência é:
Intelectualmente desonesto
Socialmente perigoso
Moralmente injusto
Da mesma forma, mulheres também cometem crimes — e isso não define o feminino como perverso.
O problema é o indivíduo, não o gênero.
7. A incoerência moderna exposta em tempos de guerra
O exemplo que você citou é emblemático.
Em tempos de conforto, ideologias defendem:
“Não existem gêneros”
“Homem e mulher são construções sociais”
Mas quando a guerra estoura:
Quando há risco real
Quando é preciso defender a nação
Quando há morte envolvida
Subitamente:
Mulheres que se diziam “homens” voltam a se identificar como mulheres
A biologia reaparece
A realidade impõe limites
Isso revela uma verdade dura:
a ideologia só funciona em tempos de paz e conforto.
A realidade sempre vence.
8. O verdadeiro caminho: harmonia, não guerra
O modelo saudável não é:
Mulher contra homem
Feminismo contra masculinidade
Supremacia feminina ou masculina
O modelo correto é:
Homem e mulher lado a lado
Funções distintas
Respeito mútuo
Cooperação
Responsabilidade compartilhada
Quando o homem é forte, responsável e protetor
e a mulher é valorizada, respeitada e honrada em seu papel
a sociedade prospera.
Quando se tenta inverter, destruir ou apagar isso,
o resultado é caos social, famílias desestruturadas e indivíduos confusos.
9. Conclusão
Defender os papéis originais não é retrocesso.
É reconhecer que a humanidade prosperou porque respeitou a própria natureza.
A modernidade deveria:
Aperfeiçoar a cooperação
Não destruir os fundamentos
Valorizar ambos os gêneros
Não colocá-los em guerra
Homem não é inimigo da mulher.
Mulher não é rival do homem.
São partes distintas de um mesmo projeto de vida, criação e continuidade da humanidade.
Comentários