DENTRO DE UM LUGAR E EM LUGAR ALGUM.

Eu aqui neste lugar,
Tudo o que vejo é o exterior,
Por incrível que pareça, posso sentir o interior,
Grande quase ilimitado ou sem limites.
Aqui travo minhas batalhas,
Crio o que posso ver, sentir, apalpar e cheirar.
Sinto frio,
O corpo treme.
Continuo aqui protegido, guardado,
Encerrado,
Dentro de um lugar e em lugar algum.
Estou livre,
Mas me sinto preso,
Quero sair e não encontro a saída.
Não sei para onde ir, nem o que fazer,
Sei que em breve encontrarei o caminho,
Tudo é questão de tempo;
Se o tempo passar e eu não o encontrar,
O que farei?
Preso, não posso continuar,
Preciso voar eu sei que posso,
Os grilhões me seguram,
É assim que me sinto.
Não sei como sou,
Se estou vestido ou se tenho cabelos, ou qual é a minha aparência,
Só sei que eu sou e aqui estou!
O que mais quero é poder ver o que não se vê,
Ver O que sinto,
Sentir O que não vejo.
Ah! Quão belo é o sentimento de amor!
Seja por quem for.
Ele está ali, ansioso para o nosso encontro,
Ele me vê,
Eu não o vejo,
O sinto,
O vivo, um dia após outro,
Quando me libertar, irei voando ao seu encontro.
Eu declaro, é assim que vejo,
É assim que sou,
E assim será.
Por: Pablo Lamunier Azevedo Mesquita
Goiânia, 30/11/2005
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